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REFLEXÃO QUARESMAL - I DOMINGO DA QUARESMA - CÔN. PAULO R. DE OLIVEIRA - ARQUITESOUREIRO O.M.S.M



Para empreender uma jornada importante, devemos estar bem preparados, como um Cavaleiro ou uma Dama em ordem de batalha. Ao iniciarmos o nosso caminho através da quaresma para chegarmos a Páscoa, devemos ter clareza sobre o destino que devemos buscar e que dá sentido todo este caminho penitencial.


A leitura do evangelho do primeiro Domingo da Quaresma (Mc 1. 12-15), nos convida a prepararmo-nos na companhia de Jesus. Ao iniciar a viagem que o conduziria à sua Páscoa, se preparou retirando-se para algum lugar deserto e enfrentando a tentação de fugir à grande tarefa que o esperava. Este é um momento surpreendente na vida de Jesus. Levamos a sério o fato de que, ao compartilhar nossa experiência humana, Jesus conhecia o peso das decisões humanas e as tentações envolvidas, embora, é claro, ele não tivesse pecado na resposta que deu?


Esse teste, no deserto trouxe uma nova força a Jesus, e assim ao sair daquele lugar ermo, ele começa a proclamar a Boa Nova do Reino de Deus. Em sua companhia, nos próximos dias, reconheçamos a natureza de nossas tentações e os laços de egoísmo dos quais queremos nos livrar no caminho para a Páscoa eterna. Jesus encontrou forças, na certeza com que olhou para o fim de sua missão. Embora o que estava por vir não seria fácil, ele sabia que a bondade e a misericórdia de Deus seriam vitoriosas no final, por meio de sua resposta generosa ao chamado de seu Pai, através da obediência, que é tudo para Deus, com Jesus, que é o oposto de Adão, este que pela desobediência levou a humanidade a pecar, ao contrário, Jesus foi obediente até a morte e morte de Cruz! E assim cumpre a missão.


A primeira leitura do Livro do Gênesis (Gn 9, 8-15) convida-nos a partilhar esta esperança e expectativa ao iniciarmos o nosso caminho. É a conclusão da história de Noé e da arca que o salvou do Dilúvio -uma das histórias nas primeiras páginas da Bíblia- descrevendo uma humanidade rebelde, que precisava da salvação que Deus iria dar. A história termina com uma nota de esperança e promessa, o arco-íris, ele será um sinal da aliança que Deus faz com a humanidade, prometendo que será sempre misericordioso.


Que símbolo magnífico, lembrando-nos da confiança que podemos depositar em Deus, sejam quais forem as nossas dificuldades e falhas se nos mantivermos fiéis! Sempre que vemos o arco-íris e conhecemos a promessa que está por trás deste sinal de tempo bom e claro após uma tempestade, devemos nos lembrar da promessa de Deus e renovar nossa confiança na misericórdia de Dele e no triunfo final de sua bondade.


A segunda leitura (1ª Pd 3, 18-22) interpreta a história do dilúvio e da salvação de Noé como uma espécie de predição da maravilha do batismo - o destino de nossa jornada para a Páscoa, porque é por meio de nosso batismo que compartilhamos a vida nova da ressureição em Cristo. O início da nossa caminhada quaresmal é um momento de reflexão pessoal para cada um de nós. Talvez, precisemos meditar mais profundamente a nossa vida como cavaleiros e damas de uma ordem de cavalaria, se ela está conforme ao Evangelho e as nossas regras, sabendo é claro que somos frágeis e podemos cair, mas isso nunca nos deve ser motivo de nos abandonarmos a uma vida relaxada, mas sim, mais fortemente, buscar a santidade e ao final a eternidade feliz, mas depende do aqui e do agora. Assim pois sigamos os passos do Salvador que a nossa frente segue mostrando o caminho e, continuemos firmes nas batalhas da vida.


Uma quaresma frutuosa e uma Feliz Páscoa no Senhor ressuscitado é o que desejo a todos os cavaleiros e damas das Ordens da Casa principesca de Trivulzio-Galli.


Côn. Paulo Roberto de Oliveira

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