
II PERÍODO DINÁSTICO (1800 a 1918)
No ano de 1678, com o objetivo de garantir que seu filho o Príncipe
Antonio III Gaetano Trivulzio-Galli, 4º Príncipe Imperial de Mesolcina
possuísse uma renda capaz de lhe ser favorável, o Grão-Mestre Duque
Tolomeo III Galli decidiu por criar uma Comendadoria Hereditária da
Ordem, que seria dada aos Príncipes de Mesolcina, e que de fato contro-
laria a Ordem em quase todo o Norte da Itália. Esta comendadoria foi
chamada de Comendadoria Hereditária de Nossa Senhora da Torre, e
passou a existir a partir de 1680, tendo por sede a cidade de Melzo,
capital do Principado de Trivulzio-Galli de Mesolcina.
Com a morte, sem herdeiros de Carlos III Galli-Borromeo, 8º Duque
de Alvito e 36º Grão-Mestre da Ordem, o Grão-Magistério passa a
linha dos Príncipes de Trivulzio-Galli, na pessoa de Andre I,
7º Príncipe Imperial de Mesolcina e 37º Grão-Mestre da Ordem.
Após a morte de Andre I, em 1824, seu filho Andre II, 8º Príncipe
Imperial de Trivulzio-Galli e de Mesolcina, torna-se o 38º Grão-Mestre
da Ordem, e trata de garantir que seus direitos sejam reconhecidos
como tal pela Corte Imperial de Viena mesmo após o período
Napoleônico, o que se da com a aceitação pelo Imperador Francisco
II de Habsburgo (Francisco I da Áustria) do Grão-Colar da Ordem
em 1827.
O Príncipe Andre II viveu até o ano de 1841, e após sua morte o Grão-Magistério da Ordem passa a seu segundogênito Angelo I (seu primogênito o Príncipe Andre, Conde de Mesocco faleceu em 1825), que transfere a Sede do Grão-Magistério da Ordem para Viena em 1860, após a unificação da Itália.
Angelo I, 9º Príncipe Imperial de Trivulzio-Galli e de Mesolcina, garante que a Ordem torne-se uma Ordem Dinástica bem aceita no Império Austro-Húngaro, de modo com que muitos Padres e Cavaleiros da Ordem Militar de Santa Maria dos Teutônicos fossem Investidos como Cavaleiros da Ordem Militar de Jesus Cristo e de Santa Maria.
Os Arcebispos de Viena passaram a garantir a vida espiritual da Ordem, e os Grão-Mestres passaram a escolher sempre o Arcebispo de Viena como Arquipriores da Ordem. O Arcebispo de Praga, por sua vez, recebeu o direito de Criar Cavaleiros da Ordem, como se possuidor fosse de uma Comendadoria Magistral.
Neste período, foram os Arquipriores da Ordem:
- Dom Johann Baptist Rudolf, Cardeal Kutschker;
- Dom Anton Josef, Cardeal Gruscha;
- Dom Friedrich Gustav, Cardeal Piffl;
Todos Arcebispos Cardeais de Viena.
Com o fim da I Guerra Mundial, e o fim da Monarquia na Áustria, a
Família Principesca acompanha aos Imperadores da Áustria em seu
exílio, partindo primeiramente para a Suíça (onde tentaram novamente
se instalarem em Mesolcina), depois em Portugal, e finalmente no Brasil.

Hábitos da Ordem, utilizados no período Vienense da Ordem (1800 a 1918)

Bem-Aventurado Imperador Carlos I da Áustria, Cavaleiro da Ordem Ordenado no ano de 1907.