
III Período Dinástico (APÓS 1918)
A Historiografia da Ordem classifica como 3º Período Dinástico aquele que veio após o ano de 1918, ano em que a Casa Principesca de Trivulzio-Galli passou a residir nas Américas.
Com o advento da I Guerra Mundial, e o fim da Monarquia dos Habsburgos, os Príncipes de Trivulzio-Galli del Val Mesolcina partem para o Brasil, onde fixam sua Residência e a nova Sede do Grão-Magistério da Ordem, mais tarde fixada junto à Catedral Diocesana de Santo Antonio de Pádua, da Diocese de Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul.
A escolha do Brasil como nova Residência da Dinastia deu-se principalmente pelo empenho de Andreas Thaler, jovem Secretário de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Francesco VIII Trivulzio-Galli, e que, seria depois Ministro da Agricultura da Áustria. Andreas Thaler, que era Cavaleiro Grande Oficial da Sacra Milícia, entrou em contato em 1915 com Carlo Bertoni, Cônsul da Áustria no Sul do Brasil, para que este procurasse propriedades rurais que pudessem ser adquiridas pela Casa Principesca, e que pudessem servir como Residência aos Príncipes de Val Mesolcina, caso a Monarquia na Áustria tivesse o mesmo destino que a Monarquia na Alemanha. Carlo Bertoni, que recebeu os graus de Grande Oficial da Sacra Milícia, além da Grã-Cruz da Ordem da Rosa de Ouro, ambas da Casa Principesca de Trivulzio-Galli, encontrou as propriedades no Rio Grande do Sul, que foram então adquiridas pelos Príncipes de Val Mesolcina, e depois lhe serviriam como Residência, após 1918.
Curiosamente Sir Andreas Thaler, que havia sido Secretário Pessoal do Príncipe Francesco VIII Trivulzio-Galli, 10º Príncipe de Val Mesolcina, tornou-se, após a partida da Casa Principesca para o Brasil, Membro do Parlamento Tirolês (em 1919), Ministro da Cultura (em 1924), Presidente da Associação dos Agricultores do Reich (entre 1929-1932). Tornando-se depois Ministro Federal da Agricultura e Florestas (entre 1926 a 1929; e entre 1930 a 1931).
Nesta época, Andreas Thaler viajou duas vezes ao Brasil, uma vez em 1928, e outra, em 1932, onde se hospedou na residência dos Trivulzio-Galli, e pode assim manter contato com seu antigo empregador, o Príncipe Francesco VIII. Thaler gostou tanto do que viu no Brasil, que no ano de 1933, abandona a Áustria, e junto com centenas de Austríacos, funda no Brasil a cidade de Dreizehnlinden: "Treze Tilhas", em português.
Com a Sede da Ordem, pela primeira vez fora da Europa, inicia-se o período de internacionalização das Atividades Caritativas da Ordem. Os Grão-Mestres passam a admitir pessoas da Aristocracia Brasileira, principalmente dos reminiscentes da Nobreza Imperial Brasileira, e das chamadas Famílias “Quatrocentonas” de São Paulo.
Nas primeiras décadas do Século XX as atividades da Ordem serão marcadas por dois extremos: as dificuldades na atuação Militense, causadas pelo Pós I Guerra, e pela II Guerra Mundial; porém pelo florescimento das atividades da Ordem nos países da América, como Brasil, Argentina Uruguai e México.
O ano de 1945 coincide duas grandes mudanças para a Ordem: o fim da II Guerra Mundial, e a morte de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Francesco VIII Trivulzio-Galli, 10º Príncipe de Val Mesolcina e do Sacro Império Romano-Germânico e 40º Grão-Mestre da Ordem. Após a morte de Don Francesco VIII, assume a Chefia da Casa Principesca de Trivulzio-Galli, e por consequência, o Grão-Magistério da Ordem, seu filho Pietro IV Trivulzio-Galli, dito O Bem Quisto, 11º Príncipe de Val Mesolcina e do Sacro Império Romano-Germânico e 41º Grão-Mestre da Ordem.
Don Pietro IV Trivulzio-Galli vai ser conhecido como “O Bem Quisto”, pela sua amabilidade no trato, e pelo seu modo gentil com o diálogo com os Membros da Ordem. Pietro IV permanecerá como Grão-Mestre até o ano de 1971, quando veio a falecer, assumindo assim assume a Chefia da Casa Principesca de Trivulzio-Galli, e por consequência, o Grão-Magistério da Ordem, seu filho Verginio I Trivulzio-Galli, 12º Príncipe de Val Mesolcina e do Sacro Império Romano-Germânico e 42º Grão-Mestre da Ordem.
Durante o Grão-Magistério de Don Verginio I a Ordem conhece uma maior expansão pelos países Latino-Americanos, sendo mantendo o espírito de unidade da Ordem com o pensamento da Casa Principesca. Vergínio I Trivulzio-Galli permanecerá como Grão-Mestre da Ordem até o ano de 2012, ano em que falece, deixando a Chefia da Casa Principesca para seu filho Angelo II Trivulzio-Galli, 13º Príncipe de Val Mesolcina e do Sacro Império Romano-Germânico e 43º Grão-Mestre da Ordem.
Don Angelo II Trivulzio-Galli percebe que a Casa Principesca, bem como a Ordem necessitavam de uma administração mais jovem, e com maiores ligações com o mundo hodierno, e desta forma, abdica de seus Direitos aos seu filho Andre III Trivulzio-Galli, que assim se torna 14º Príncipe de Val Mesolcina e do Sacro Império Romano-Germânico e 44º Grão-Mestre da Ordem.
O Príncipe Don Andre III passa a ter um contato mais próximo com seus Cavaleiros, e a proporcionar um crescimento da Ordem, tanto em vocações à Cavalaria, como em obras sociais e caritativas.

Retrato a óleo do Príncipe Don Pietro IV Trivulzio-Galli, com o Hábito Religioso da Ordem

Retrato a óleo do Príncipe Don Vergínio Trivulzio-Galli, com o Hábito Religioso da Ordem

Retrato a óleo do Príncipe Don Angelo II Trivulzio-Galli, com o Hábito Religioso da Ordem

Retrato a óleo do Príncipe Don Andre III Trivulzio-Galli, com o Hábito Religioso da Ordem