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História da Ordem

A Ordem da Rosa de Ouro de Mesolcina, para a Ciência, Mérito, Cultura e Arte foi instituída como Ordem honorífica de Caráter Dinástico por Sua Alteza Sereníssima o Príncipe D. Andrea II Gonzaga Trivulzio Galli, Duque de Mesolcina, em 1835, com a finalidade de premiar personalidades no campo da ciência e da cultura, ou mesmo professores e pessoas especialmente dedicadas (mérito) e artistas.

O desenho da condecoração da Ordem, uma estrela de oito pontas esmaltada de branco, é baseada na Stella di Mesolcina (estrela de Mesolcina), tradicionalmente representada como uma estrela de oito pontas, também chamada de Stella di Santa Maria.

A Ordem da Rosa é concedida independente da religião do agraciado, por ser uma Ordem leiga e honorífica, ao contrário das Ordens Religiosas-Militares, que apenas podem ser concedidas a Católicos Romanos que estejam em plena condição de receberem a Sagrada Comunhão.

 

A Criação da Ordem da Rosa de Trivulzio-Galli, também dita Ordem da Rosa de Mesolcina, foi criada pelo Príncipe D. Andrea II Gonzaga Trivulzio Galli, Duque de Mesolcina em 30 de abril de 1835, com a finalidade de premiar os serviços dos homens dedicados ao cultivo da cultura e da arte, bem como os que por seus méritos, tornaram-se dignos de tal homenagem.

 

Diz à lenda que estando o Príncipe D. Andrea II Gonzaga Trivulzio Galli, Príncipe e Duque de Val Mesolcina e do Sacro Império Romano em Viena, na Corte dos Imperadores da Áustria, viu em um baile no Palácio Imperial, um Nobre brasileiro portando uma bela condecoração, da recém criada Imperial Ordem da Rosa, uma Ordem Imperial brasileira, criada para homenagear o matrimônio entre o Imperador Dom Pedro I do Brasil (que também foi o Rei Dom Pedro IV de Portugal), com sua segunda esposa, Amélia de Beauharnais, Princesa de Leuchtenberg e Princesa de Eichstätt.

Teria então o Príncipe de Val Mesolcina e de Hinterrhein ficado profundamente admirado pela beleza da condecoração, e imediatamente pedido que o pintor Heinrich Wilhelm Schlesinger, que se encontrava no Baile, que realizasse um esboço de uma nova condecoração da Casa Principesca de Trivulzio-Galli, baseada na condecoração do Nobre brasileiro.

H. Schlesinger, que era na época um jovem e primoroso pintor, não viu a condecoração muito de perto, porém fez um esboço com base no que havia percebido. O Príncipe Andrea II disse à época que uma condecoração tão bela e feminina ficaria ótima no peito das professoras de seus Feudos.

Poucos meses após o referido baile, o desenho fora aprovado e mandaram-se fazer as primeiras condecorações na França. Mal sabiam que o desenho de H. Schlesinger continha um erro metódico: enquanto seu esboço era de uma estrela de 8 pontas, na realidade a Ordem Imperial da Rosa do Brasil continha uma estrela de apenas 6 raios. Dizem que, quando o Príncipe Andrea II de Val Mesolcina-Hinterrhein soube do erro grosseiro, teria dito que “a estrela de 8 pontos é uma homenagem à Virgem Maria e às estrelas da Sacra Ordem da Milícia”.

 Muitas outras diferenças foram depois acrescidas às primeiras condecorações: as rosas seriam amarelas e com pétalas verdes (cores da Casa Principesca), ao passo que as da Ordem brasileira eram cor-de-rosa e com pétalas verdes. Se ao centro da Comenda brasileira estava um monograma de Dom Pedro I e da Imperatriz Amélia de Beauharnais, com a legenda “Amor e Fidelidade”; na Ordem mesolcinense estava uma Rosa de Mesolcina, tendo ao redor a legenda “Scientiæ, Meritum, Culturæ et Ars” (“Ciência, Mérito, Cultura e Arte”).

Lenda a parte, a Ordem da Rosa de Trivulzio-Galli teve sua condecoração desenhada pelo grande pintor Heinrich Wilhelm Schlesinger, provavelmente com base em desenhos de Eugène de la Michellerie e Pezerat (ou teriam sido desenhadas pelo próprio Pezerat, e depois apenas reproduzidas por H. Schlesinger para a fundição das medalhas na França?), e teve seus primeiros exemplares feitos na França, e depois em Milão.

Originalmente foi uma Ordem utilizada para premiar aos Mestres, professores, filósofos e artistas ligados à Casa Principesca de Trivulzio-Galli della Mesolcina. Possuía uma única classe, e podia ser concedida a homens e mulheres. Em 1874 o Príncipe Angelo I Trivulzio-Galli, 9º Príncipe de Val Mesolcina e do Sacro Império Romano-Germânico, muda seus Estatutos e a divida em 3 Graus, que foram os de:

- Grão-Colar;

- Grã-Cruz;

- Cavaleiro/Dama.

Em 1919 o Príncipe Francesco VIII Trivulzio-Galli, 10º Príncipe de Val Mesolcina e do Sacro Império Romano-Germânico altera os Estatutos da Ordem, lhe concedendo cinco graus:

- Grão-Colar;

- Grã-Cruz,

- Cavaleiro ou Dama Grande Oficial;

- Cavaleiro-Comendador ou Dama de 1ª Classe;

- Cavaleiro ou Dama;

Com as alterações de D. Francesco VIII, a Ordem pode ser concedida também ao Mérito dos civis que auxiliar nos combares da I Guerra Mundial, que, por não serem Militares, não poderiam receber a Ordem Militar de São Teodoro Mártir, e que também não eram Cavaleiros ou Damas da Sacra Milícia, já que esses, ao invés de receberem a Ordem da Rosa, receberam a Marianerkreuz.

Será apenas em 1984 que a Ordem receberá seus atuais Estatutos, reformados pelo Príncipe D. Verginio I Trivulzio-Galli, 16º Príncipe e Duque de Val Mesolcina, que a torna uma Ordem eficiente e atuante.

A Ordem recebeu seus atuais estatutos no ano de 1984, por meio de Decreto Principesco e Ducal nº 05/1984 de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe D. Verginio I Gonzaga Trivulzio Galli, então Duque de Mesolcina.

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